Lord of the Ring – The Rings of Power

Estreou no início de Setembro, a primeira temporada de “Os Anéis do Poder”, da Amazon prime, e a grande final foi dia 14 de Outubro. Segui a temporada fielmente, vendo um episódio por semana, nem sempre consegui ver no dia que saía, e isso foi um verdadeiro desafio, esquivar-se dos muitos “spoilers” que enchem as diferentes redes sociais. Sendo eu um fã incondicional do universo de Tolkien, tendo lido todos os livros, e visto todos os filmes muitas vezes, seria de esperar que as expectativas fossem bem altas, no entanto, não criei expectativas algumas.

A série mais cara de sempre, trouxe-nos de volta a Middle Earth (Terra Média) e isso para mim, era já muito bom. Não me aproximo de sequelas e prequelas, com a vontade de comparar a outras obras anteriores, filmes ou livros, vou sim, sempre feliz e agradecido por poder voltar a um universo amado, seja ele Hogwarts, Westeros, numa galáxia muito distante ou Middle Earth. Os primeiros dois episódios foram lançados simultaneamente, e que dois episódios! A série situa-nos na segunda era de Middle Earth, mais ou menos cinco mil anos antes, de Frodo e Sam.

Galadriel é apenas uma criança, em Valinor, perde o seu irmão na guerra contra Morgoth e ela mesma se torna numa guerreira, que deixa Valinor para se juntar na batalha contra o mal. A série mostra-nos desde o início, os seus músculos, em imagens fantasticamente filmadas, de uma grande beleza cinematográfica, e na minha opinião essa linha mantêm-se durante toda a série. Para além de Galadriel, há mais personagens que já conhecíamos ou já tínhamos ouvido falar, como Lord Elrond, Elendil, Isildur e claro os Orcs. Gosto da maneira como os orcs na série, são retratados mais como seres de alguma inteligência e até capaz de sentimentos, em vez da maneira como são retratados nos filmes. Não temos hobbits, mas temos aquilo que eu acredito ser os antepassados deles, os Harfoots. Aqui é nos apresentada uma forma feminina de Frodo e Sam, com duas personagens bem interessantes, Nori e Poppy. Estas duas encontram um homem, que caiu num cometa, o qual conhecemos por “O estranho” e que é sem dúvida a personagem mais intrigante de toda a série, fazendo explodir por toda a internet, teorias sobre quem possa ser tal personagem.

Os elves dos filmes, são mais elegantes e místicos que os elves da série, parecendo-me por vezes que a única diferença entre eles e os humanos, serão apenas as orelhas pontiagudas, com o tempo habituei-me a isso, e no final da temporada, já não me incomodava. Não posso claro passar, sem falar nos Dwarves, neste mundo fantástico, existe um mundo debaixo das montanhas, que todos nós amamos, a série apresenta-nos Durin, ainda príncipe e não rei dos Dwarves. Khazad-dûm não desiludiu, e até nos apresenta finalmente a versões femininas dos Dwarves, afinal estávamos todos curiosos desde a conversa de Gimli com Aragorn sobre a barba das mulheres Dwarf.

Podia levar aqui a escrever sobre a série durante muito tempo, é verdade que tem alguns episódios lentos, mas foi claro importante apresentar ao público mainstream a história de Middle Hearth, apresentar vários sítios que alguns só tinha ouvido falar nos filmes, como é o caso de Numenór. Mas é sem dúvida uma série bem conseguida e que vale mesmo a pena ver. A não ser que sejas daquele tipo de fãs de Tolkien, que não admita que se fuja aos detalhes, e que não se possa criar nada de novo nesse universo, se fores essa pessoa, então lê só os livros, para teu bem e nosso. Aconselho a qualquer amante de este universo e de fantasia em geral, da minha parte leva 4 talefes, só porque quero deixar espaço para melhoria nas próximas temporadas, que neste momento, parecem estar a milhares de anos de acontecer.

Texto de Francisco Mendes